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Presidente da Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD), Terence Zveiter ponderou que a saída para que situações como o racismo e violência não se perpetuem no esporte brasileiro passam por uma imperativa necessidade de educação no cenário esportivo. Zveiter é um dos palestrantes que participam da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, a ser realizada nos dias 29 e 30 de novembro e dia 1º de dezembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
"Estão pretendendo endurecer as penas na Lei Geral do Esporte, mas isso não resolve os problemas. O país precisa, de fato, de um movimento educacional", disse Zveiter. Ele ressaltou a importância da educação como base para evitar comportamentos nocivos, principalmente no futebol, onde jovens atletas entram muito cedo na vida profissional, muitas vezes sem a base educacional necessária.
Zveiter comentou sobre as questões de dopagem e manipulação de resultados, destacando que tal conduta prejudica o próprio esporte: "Estão dando um tiro no próprio pé!", exclamou. Ele mencionou o exemplo do tênis, que possui protocolos rigorosos para combater a manipulação de resultados.
A respeito dos recentes episódios de violência em estádios, como o ocorrido no jogo entre Vasco e Flamengo, onde houve uma morte e três feridos, Zveiter afirmou: "É garrafada, é tiro, é briga na rua, é paulada. Está na hora de parar com isso". Ele defende que a solução está em educar as pessoas para entenderem que rivalidade no esporte não deve se transformar em violência fora de campo.
O presidente da ANDD também tocou na questão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), enfatizando que a legislação está evoluindo e que a gestão esportiva precisa ser profissionalizada.
Ao ser questionado sobre o problema cultural do racismo e da violência, Zveiter lembrou das disciplinas de "Educação Moral e Cívica" e "Prática Comercial e Serviço" que eram ensinadas nas escolas e que, segundo ele, não faziam mal a ninguém.
"Só a educação traz para os alunos, estudantes e jovens a base. Uma pessoa educada é muito mais difícil de sucumbir ou se deixar influenciar", afirmou.
Zveiter participa do Congresso no dia 30 de novembro, durante o painel 9, que tem como tema central os avanços e retrocessos da Sociedade Anônima de Futebol (SAF).
O Congresso
A Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e a Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT) são as realizadoras do evento, que está em sua segunda edição.
O tema do congresso este ano será "Modelos Regulatórios, Progresso Tecnológico e Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais" e terá como objetivo discutir os desafios que o mundo do trabalho vem enfrentando diante dos avanços tecnológicos e das novas formas de organização da produção.
O evento promoverá um diálogo entre diferentes atores do Poder Judiciário e de diferentes áreas do conhecimento, como economia, administração e sociologia.
O congresso será um espaço privilegiado para a discussão dos cenários normativos, socioeconômicos e tecnológicos contemporâneos.
Dr. Terence Zveiter - Presidente da Academia Nacional de Direito Desportivo - ANDD
Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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