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A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, afirma que é inegável a necessidade de discutir profundamente as mudanças ocorridas nas relações de trabalho. Isso porque essa transformação desafia a Justiça do Trabalho, uma vez que ela precisa adaptar seus conceitos à uma realidade que não é possível negar, provocada principalmente pelo avanço tecnológico.
“Devemos compreender e aceitar as mudanças. Observada a dignidade da pessoa humana como vetor interpretativo, cabe à jurisdição trabalhista adaptar os seus conceitos à realidade que não pode ser negada. Temos outras leis de tutela, além do regime clássico da CLT, como a que disciplina o trabalho autônomo, e que podem ser aplicadas com eficácia. Temos as convenções e acordos coletivos aos quais também se pode recorrer para disciplinar novas questões decorrentes da revolução tecnológica que não estão previstas na legislação”, analisou a ministra.
Diante dessa realidade, a ministra avalia como salutar a iniciativa da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) juntamente com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT) de realizar pelo segundo ano consecutivo o Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. O evento ocorrerá em Foz do Iguaçu, no Paraná, nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, com a participação de mais 100 painelistas das mais variadas áreas, todas ligadas ao universo do trabalho. Esse ano, a segunda edição ampliou os debates abrindo espaço para que representantes de diversos modais de transporte pudessem também expor os desafios que enfrentam cotidianamente.
“É extremamente oportuna a temática ao permitir o aprofundamento teórico da discussão em torno do desafio que se apresenta à Justiça do Trabalho e à legislação de tutela dessas relações, que vem se transformando diante das intensas mudanças que temos visto nas formas de produzir e consumir, e que têm, no uso da inteligência artificial e no trabalho mediado por plataformas e algoritmos, algumas de suas expressões mais recentes. Nesse contexto, destaco as contribuições da teoria econômica do direito ao repertório de instrumentos da hermenêutica jurídica contemporânea, no sentido de se considerar os efeitos econômicos das decisões judiciais”, ponderou.
A ministra apresentará a exposição “A consolidação da Jurisdição Social do Trabalho: reflexões sobre tensões jurisprudencias, eficiência e integridade do direito”. O painel tem como perspectiva discutir as reações da Justiça do Trabalho a recentes julgados do Supremo Tribunal Federal, bem como desdobramentos desses julgados para a segurança jurídica, a eficiência da jurisdição trabalhista, e, em especial, a ideia de integridade do direito.
“O formato do evento revela-se virtuoso. Como destaca Jürgen Habermas, a participação dos atores sociais relevantes na produção da racionalidade discursiva amplia a legitimidade democrática das instituições políticas e judiciais. Ao convidar representantes dos diferentes setores interessados – trabalhadores, empregadores, juristas e academia – para debaterem juntos, expondo seus pontos-de-vista e argumentos diretamente uns aos outros, o Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho resgata, nessa linha, o que Michael Sandel chamou de arte perdida do debate democrático. A exposição à pluralidade de visões de mundo é o alimento da imaginação política que nos permite alcançar a soluções inovadoras para novos desafios”, considerou a ministra.
O Congresso
O tema do Congresso este ano será "Modelos Regulatórios, Progresso Tecnológico e Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais" e terá como objetivo discutir os desafios que o mundo do trabalho vem enfrentando diante dos avanços tecnológicos e das novas formas de organização da produção.
O evento, que tem patrocínio e apoio acadêmico da Universidade Nove de Julho (Uninove), promoverá um diálogo entre diferentes atores do Poder Judiciário e de diferentes áreas do conhecimento, como economia, administração e sociologia. O Congresso será um espaço privilegiado para a discussão dos cenários normativos, socioeconômicos e tecnológicos contemporâneos. Serão 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates e toda a programação ocorre nas dependências do Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort.
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Ministra Maria Cristina Peduzzi - Tribunal Superior do Trabalho
Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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