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A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a...
A desembargadora federal Adenir Alves da Silva Carruesco, do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, falou sobre a importância da representatividade e diversidade no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma entrevista à jornalista Tatiana Cavalcanti, publicada no último domingo, 5, no jornal Folha de S. Paulo. Adenir Carruesco, “mulher negra de origem humilde”, enfatiza que a escolha do próximo ministro ou ministra do STF deve ser orientada pela visão de construir uma corte que atenda às necessidades da população brasileira e seja um símbolo de igualdade e representatividade.
A desembargadora, que teve o apoio de órgãos do estado mato-grossense para se candidatar a uma vaga no STF, ressaltou que as cortes superiores ainda não refletem a diversidade do Brasil, e a seleção para a vaga do STF deve considerar não apenas o notório saber jurídico, mas também a pluralidade de seus cidadãos. Ela argumenta que nomear uma mulher negra para o STF seria um marco na história do país e um sinal do compromisso do governo com a diversidade e a justiça.
Atualmente, menos de 19% das cortes superiores são ocupadas por mulheres, mesmo representando 51% da população. Adenir destaca que a diversidade é respaldada por princípios constitucionais e tratados internacionais, mas a Suprema Corte brasileira ainda carece dessa representatividade.
Adenir Carruesco se coloca à disposição para o desafio da nomeação ao STF, enfatizando que sua prioridade, além da representatividade, é a inclusão. Ela acredita que é fundamental quebrar as barreiras invisíveis que impedem que mais pessoas alcancem o sucesso, especialmente alunos de escolas públicas que enfrentam desafios socioeconômicos.
A entrevista destaca a importância de ter uma mulher negra no STF para garantir que todos os setores da sociedade estejam adequadamente representados no órgão de maior relevância jurídica. A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) também apoia a ideia de uma mulher dessa área no STF.
Adenir Alves da Silva Carruesco é desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região e será mediadora do painel “O FUTURO DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BRASIL” no II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, evento realizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), que acontece nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro, em Foz do Iguaçu – PR.
Desembargadora Adenir Carruesco - Tribunal Regional do Trabalho 23ª Região.
Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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