13/11/2023 | Categoria: Congressos
Ministra diz que desafio é tratar de relações de trabalho ainda não legisladas

O objetivo é conseguir enxergar o ‘trabalho além do emprego’ sem desumanizar o trabalhador e o Congresso é peça importante para isso”. Com essa frase a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Morgana Richa, resume a relevância do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, que realiza a sua segunda edição nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro em Foz do Iguaçu (PR). 


Salienta ainda que o grande desafio hoje da Justiça do Trabalho é dar soluções jurídicas a situações no universo do trabalho que ainda não foram legisladas, em função do avanço tecnológico vivenciado com mais intensidade desde 2020, período de início da pandemia de Covid-19. 


Integrante do rol de palestrantes desde a primeira edição, a ministra avalia os avanços conquistados no primeiro encontro e pondera que neste segundo momento a tendência é que as discussões sejam aprofundadas.


“É muito rica a contribuição dos debates para o aprimoramento das diversas áreas que permeiam o Direito do Trabalho, desde modelos de contratação, a categorias jurídicas e reformas estruturais. Da mesma forma, para a solução de hard cases (casos difíceis). Sem diálogo e estudo constante, corremos o risco de uma terrível simplificação dos problemas, a afetar vidas e a engenharia institucional da Justiça do Trabalho. Só com a complexificação das questões, podemos enfrentar a nova fase da história do ‘homo faber’ e o caráter irreversível da crise do modelo de emprego”, salientou.

A ministra Morgana Richa reforça que o Brasil deverá encerrar o ano de 2023 como a 9ª maior economia do mundo e isso demonstra como a Justiça do Trabalho é essencial para a “conformação dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”.

“No entanto, esta Especializada vê-se na conjuntura de dar enquadramento jurídico a relações de trabalho líquidas, ainda não legisladas. Além disso, deve gerir acervos gigantescos e julgar questões complexas (em que muitas vezes o abstrato conflita com a realidade), com qualidade, avaliando as consequências práticas e aplicando um sistema de precedentes particular, à brasileira, ainda em desenvolvimento após do Código de Processo Civil de 2015. Isso torna essencial o debate” .

Realizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP), em parceria com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT), o Congresso ainda conta com apoio acadêmico da UNINOVE. O evento reunirá mais de 100 palestrantes, em 25 painéis, que visam discutir os “Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção”.

Painel

No ano passando, a ministra participou do painel “Relações de Trabalho, Inovações Tecnológicas e Justiça Social”, no qual foi discutida as adaptações do Direito do Trabalho em meio à Revolução 4.0.

Neste ano, a ministra integra o painel que tratará do tema “A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho”. Será a magistrada responsável pela palestra “O protagonismo do STF no sistema de Justiça Brasileiro: repercussão dialógica com o TST”

“Neste ano, com o tema ‘A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho’, avançaremos para águas mais profundas. É o momento propício de discussão dos problemas pungentes que assolam a jurisdição e a academia, quando confrontada a materialidade da vida, o real do trabalho com a teoria”, asseverou.

Em sua exposição, a ministra pretende explorar o movimento que levou o Supremo Tribunal Federal a ser protagonista de questões centrais do país, desde pautas de costume à política, além do delicado diálogo institucional entre a Corte e o poder Legislativo.

“Será abordado, ainda, o sistema de precedentes inaugurado pelo CPC de 2015, bem como as inflexões da jurisprudência da Corte na seara laboral, as atuais controvérsias e disputas, bem como possíveis caminhos para o reequilíbrio eficaz”.

O Congresso

A finalidade do Congresso é promover um diálogo entre diferentes atores do Poder Judiciário e de diferentes áreas do conhecimento, como economia, administração e sociologia. O Congresso será um espaço privilegiado para a discussão dos cenários normativos, socioeconômicos e tecnológicos contemporâneos.

Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates e toda a programação ocorre nas dependências do Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort.

Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.

  Os autores | Autor: MAURO CAMARGO/MICHELY FIGUEIREDO
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Sobre o Congresso

II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho acontecerá a partir do dia 29/11/2023 17h30
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Entenda o Congresso

Início: 29/11/2023 17h30 Fim: 01/12/2023 14h

Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.

Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.

O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.

As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.

O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.

A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.

A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.

Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.

O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.

 
O tema do congresso será "Modelos Regulatórios, Progresso Tecnológico e Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais" e terá como objetivo discutir os desafios que o mundo do trabalho vem enfrentando diante dos avanços tecnológicos e das novas formas de organização da produção. O evento promoverá um diálogo entre diferentes atores do Poder Judiciário e de diferentes áreas do conhecimento, como economia, administração e sociologia.

O congresso será um espaço privilegiado para a discussão dos cenários normativos, socioeconômicos e tecnológicos contemporâneos e contará com a participação de representantes das classes profissional e empresarial, além de atores institucionais dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, do Ministério Público e da Advocacia.

Os participantes do último congresso estão convidados a participar novamente e trazer suas experiências e perspectivas atualizadas. Além disso, o evento está aberto a todos aqueles que se interessam pelo tema e desejam contribuir com o debate.

O objetivo do congresso é oferecer aos congressistas aportes teóricos e instrumentos de análise para a compreensão dos novos cenários que surgem a partir das inovações legislativas e tecnológicas em curso. Pretende-se analisar de forma responsável e imparcial os erros e acertos cometidos pelo legislador ordinário no processo de Reforma Trabalhista.

Não perca a oportunidade de participar deste evento imperdível e estar em contato com os principais atores envolvidos nas questões trabalhistas do país. Faça já sua inscrição e garanta sua participação no II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho.

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