CIOEST(SP) - O Município à luz da Constituição Federal
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a...
O coordenador do Projeto de Inclusão de Pessoas com Deficiência da Superintendência Regional do Trabalho de Goiás, auditor fiscal do trabalho Arnaldo Bastos Santos Neto, realizou um estudo que comprova a correlação positiva entre a evolução do cumprimento de cotas de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e o aumento de matrículas desse público no ensino regular.
Essa será a temática da palestra que ele ministrará durante o II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, que ocorre nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro em Foz do Iguaçu, no Paraná. O coordenador integrará o painel 24, intitulado “O Trabalho no Brasil contemporâneo: o olhar dos auditores fiscais do trabalho”, a ser realizado no período matutino, do dia 1º de dezembro.
“Podemos aventar que a cota de pessoas com deficiência no mercado de trabalho está vencendo a batalha contra o ciclo vicioso existente antes da sua adoção: uma vez que as pessoas com deficiência não possuíam um lugar no mercado de trabalho no Brasil, não tinham também interesse na busca da formação escolar”, afirma.
Para chegar a essa conclusão, Arnaldo Bastos Santos Neto analisou números disponíveis na base de dados e estatísticas da Inspeção do Trabalho e os relatórios do Censo Escolar dos anos de 2011 a 2022, organizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) articulado com as Secretarias Estaduais de Educação das 27 unidades federativas.
Neto expõe que o ano de 2000 é o marco no cumprimento da cota legal de PCD no Brasil. Foi nesse ano que o país passou a contar com projetos específicos com foco na fiscalização por parte da Inspeção do Trabalho. Neste mesmo período também é iniciada a série histórica de dados e estatísticas referentes ao trabalho da inspeção laboral.
Em 2000, o Brasil cumpria somente 11,8% da cota legal, o que representava a presença de 42.338 PCDs contratados no mercado formal. Depois de 21 anos, esse percentual saltou para 50,65.
Ao passo que a inserção no mercado de trabalho avançou, o número de matrículas de pessoas com deficiência tanto no ensino básico como no ensino superior também experimentou crescimento.
Em 2011, haviam 752.305 pessoas com deficiência matriculadas no ensino básico. Em 2021 esse número chegou a 1.400.000
“A observação notável a ser feita é que o número de matrículas dobra em uma década, um resultado muito expressivo em termos de políticas públicas”, defende o pesquisador.
Em 2011, 22.367 pessoas com deficiência estavam matriculadas no ensino superior. Dez anos mais tarde, esse montante subiu para 63.404.
“O censo do ensino superior de 2021 revelou que do total de quase 9 milhões de alunos matriculados no ensino superior no Brasil, 63.404 são alunos com deficiência, o que representa cerca de 0,71% do total de alunos matriculados nos cursos de graduação à distância e presencial, representando um crescimento de quase 14% em relação aos números do censo de 2020”, descreve.
Para Arnaldo Bastos Santos Neto, a Lei de Cotas inaugura uma nova relação das pessoas com o mercado de trabalho no país. A implementação progressiva da regra proporcionou avanços contínuos e consistentes nas últimas duas décadas, alcançados pelo esforço conjunto entre Poder Público e sociedade.
“Tal avanço tem servido como ferramenta para quebrar o ciclo vicioso onde a pessoa com deficiência não se qualificava acadêmica e profissionalmente por não ter lugar no mercado de trabalho e não tinha lugar no mercado de trabalho por não estar qualificado”.
O Congresso
O tema do Congresso este ano será "Modelos Regulatórios, Progresso Tecnológico e Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção” e terá como objetivo discutir os desafios que o mundo do trabalho vem enfrentando diante dos avanços tecnológicos e das novas formas de organização da produção.
O evento é realizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) juntamente com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT) e conta com patrocínio e apoio acadêmico da Universidade Nove de Julho (Uninove).
A finalidade do Congresso é promover um diálogo entre diferentes atores do Poder Judiciário e de diferentes áreas do conhecimento, como economia, administração e sociologia.
O Congresso será um espaço privilegiado para a discussão dos cenários normativos, socioeconômicos e tecnológicos contemporâneos. Serão 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho.
Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates e toda a programação ocorre nas dependências do Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort.
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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