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A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a...
Uma das expositoras do II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, a procuradora-Chefe do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Juliana Oliveira Domingues, participa do painel “Análise Econômica e seus Impactos no Direito Concorrencial, Recuperacional e Trabalhista”. Nele, ela profere a palestra “Desafios da judicialização no CADE: AED e repercussões trabalhistas”. Para a procuradora, o principal desafio do tema que abordará é a aproximação do Poder Judiciário do Direito Concorrencial e das atividades do CADE.
“Recentemente, decisões trouxeram preocupações trabalhistas em temas em curso no CADE e de competência da autarquia. Outro desafio é trazer segurança jurídica quando existem temas que atraem atuações distintas e as competências distintas da Justiça do Trabalho e do CADE. Referidas preocupações são legítimas, porém precisam ser avaliadas à luz de suas consequências”, ponderou.
Como solução ao problema, Domingues aponta a interação institucionalizada como um caminho. “Além de se buscar uma interação institucionalizada, há espaço para a produção de incentivos aos agentes, com base nos fundamentos da Análise Econômica do Direito (AED), para maior previsibilidade diante dos impactos possíveis. Também é necessário desmistificar as atividades do CADE e os elementos considerados nos casos submetidos à autarquia que envolvem mercados de trabalho”, asseverou.
Outro obstáculo a ser superado nessa trajetória, aponta Juliana Oliveira Domingues, é contrapor o antagonismo existente entre eficiência e direitos sociais.
“Na verdade, a utilização da AED nas áreas sociais, considerando que o mercado de trabalho é naturalmente desigual, pode enfrentar uma série de falhas de mercado. O instrumental disponível na AED é valioso para fomentar uma reflexão aprofundada que cumpra os objetivos centrais de uma interação coordenada e equilibrada, baseada na Constituição Federal”.
A segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho visa proporcionar um espaço de debate entre os mais diferenciados atores do universo do trabalho, a fim de propor alternativas aos desafios colocados na atualidade.
O evento é uma realização da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) juntamente com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT), com apoio acadêmico da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).
Serão 25 painéis, com mais de 100 palestrantes, reunidos nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Será um Congresso silencioso, no qual os palestrantes fazem suas apresentações simultaneamente e os participantes, através de um sistema de rádio, conseguem sintonizar no canal de maior interesse.
Além dos debates, o evento ainda será palco para o lançamento do livro “A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho”, uma coletânea de artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022. A obra é editada pela ABFP Editora.
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Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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