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Um dos principais desafios para a implantação do ESG (Environmental, Social and Governance, ou no português, Meio Ambiente, Social e Governança) nas relações de trabalho reside no confronto entre a responsabilidade social e ambiental e a rentabilidade da atividade empresarial. Essa é a opinião do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, desembargador Audaliphal Hilbedrando da Silva.
Ele afirma que se a empresa não possuir um nível de engajamento referente à sua responsabilidade perante a força de trabalho, não haverá o esforço necessário para se adaptar ao que preconiza o ESG, oferecendo por exemplo, infraestrutura, treinamentos, tecnologia, benefícios e remuneração para os empregados. Ou, caso invista, não fará adotando medidas consideradas efetivamente eficazes.
“Ainda se faz muito presente o estigma de que o investimento em medidas voltadas para a responsabilidade social e ambiental tornaria a empresa pouco lucrativa ao encarecer o custo operacional e o custo final de seus produtos”, salienta.
O presidente ressalta que hoje não existe um manual de como adotar os princípios ESG em razão das especificidades operacionais de cada ramo empresarial e a dinamicidade das relações de trabalho sociais e ambientais, que estão em constante mudança.
“Em razão disso, nota-se a tendência à crescente judicialização de matérias referentes ao descumprimento de direitos e garantias fundamentais no ambiente de trabalho”, considera.
Para superar esses entraves, o desembargador acredita que é preciso fortalecer o pensamento de que o aspecto social é valioso também na atividade empresarial e pode torná-la longeva e exitosa.
“Entender que a promoção do bem-estar e da dignidade de seus trabalhadores – em suas mais variadas nuances – também é produção de riqueza e incorporar tal conceito em sua cultura empresarial reflete positivamente perante à sociedade, ao mercado, aos investidores e aos consumidores, promovendo a subsistência da empresa a longo prazo”.
Implantar nas empresas setores estratégicos, com especialistas em ESG e compliance, é um passo importante para se alcançar essa mudança de paradigma. Essa estrutura poderá fiscalizar, auxiliar e avaliar especificidades e propor medidas para adequação e saneamento de postura, quando necessário.
“Vale dizer que tal cultura é uma via de mão dupla entre empresa e empregados, que também devem atuar com responsabilidade social, ética e transparência, tanto para com seu empregador quanto para com seus colaboradores”, reforça o presidente do TRT 11.
Audaliphal Hilbedrando da Silva é um dos palestrantes confirmados na segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, que ocorre nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR).
Ele integra o painel 20, que vai tratar sobre o ESG nas relações de trabalho no setor da infraestrutura.
O evento é uma realização da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) juntamente com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT), com apoio acadêmico da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).
Além dos debates, que reunirão mais de 100 palestrantes, em 25 painéis, o evento ainda será palco para o lançamento do livro “A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho”, uma coletânea de artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022. A obra é editada pela ABFP Editora.
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Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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