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A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a...
O setor portuário brasileiro escoa 95% do comércio internacional brasileiro e é responsável por 100% da exportação dos produtos do agronegócio. Só em 2022, os portos e terminais portuários do país alcançaram 1,2 bilhão de toneladas de cargas movimentadas, conforme a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Em contraponto a toda essa pujança, o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Conceição da Silva, analisa que o setor ainda precisa superar desafios e o principal deles é a imposição de contratação permanente apenas de trabalhadores que estejam vinculados aos Órgãos Gestores de Mão de Obra (OGMOs).
Os OGMOs são entidades sem fins lucrativos que atuam na regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor portuário. O órgão tem caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante.
A ABTP conta com 77 empresas associadas, que são detentoras de 230 terminais portuários por todo o país. A entidade completou em 2023, 34 anos de existência.
“A questão de extremo impacto existente hoje no trabalho portuário é a imposição (e interpretação) legal de somente poder vincular permanente trabalhadores hoje inscritos nos OGMOS. Esta situação cria um monopólio laboral forçado no setor, com todas suas críticas consequências”.
Jesualdo defende que a revolução vivenciada pelo setor portuário muito se deve a presença das empresas privadas atuando dentro e fora dos portos. Isso porque os investimentos em infraestrutura, formação de pessoal, tecnologia fez com que a competitividade do setor frente ao mercado internacional fosse ampliada.
Para superar o entrave no que diz respeito à contratação somente via OGMO, Jesualdo Conceição Silva aposta que o caminho é lutar por uma alteração legislativa, assim como ocorreu em 2013 com a lei 12.815.
“O caminho definitivo, sem dúvida, é a alteração legislativa e/ou arguição da constitucionalidade do item no Supremo Tribunal Federal. Regionalmente e por categoria, pode-se usar de acordos coletivos”.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, que ocorre nestes dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná, contará com uma sala que debaterá o Direito Portuário e Marítimo. No painel 14, Jesualdo Conceição Silva discute com outros convidados o futuro e os desafios da relação do trabalho portuário na visão das associações empresariais.
O painel será mediado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Guilherme Augusto Caputo Bastos. Além de Jesualdo, estão como painelistas o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (FENOP), Sérgio Aquino; o diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres (ABRATEC), Caio Morel; e o diretor presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.
O Congresso é uma realização da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) juntamente com a Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT) e apoio acadêmico da Universidade Nove de Julho (Uninove).
Além dos debates, o evento ainda será palco para o lançamento do livro “A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho”, uma coletânea de artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022. A obra é editada pela ABFP Editora.
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Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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