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Fisioterapia do Trabalho, Protetores auditivos e mão de obra na construção civil foram os temas debatidos no evento
A desembargadora Rosemary de O. Pires Afonso, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e Diretora da EJUD 3 foi mediadora do painel que contou com a presença de Dr. Leonardo Rocha Rodrigues, Dr. Rafael Nagi Cruz Gerges e Dr. Renato de Sousa Correia.
Eles abordaram os temas pertinentes à saúde do trabalhador e o que há de atualização em torno do tema.
Dr. Leonardo Rocha Rodrigues, especialista em Fisioterapia do Trabalho (JBS), explanou sobre os esforços realizados pela empresa na busca por preservar a saúde dos trabalhadores, que começa pela rotina. “Nós temos que saber como se organiza o tempo do trabalho de uma pessoa, quanto tempo ao longo do dia ela realiza as atividades, fatores como a Instrução Normativa 98, que fala sobre adoecimento.”
Após a explanação ainda respondeu às perguntas da desembargadora Rosemary, sobre os casos que são de conhecimento dela que chegaram ao judiciário envolvendo reclamações de frio excessivo, umidade, sobrecarga e peso em excesso que prejudicaram trabalhadores. Dr. Leonardo agradeceu a pergunta e garantiu que a empresa faz tudo o que está ao seu alcance para que os trabalhadores estejam em um ambiente cada vez mais seguro.
Na sequência, Dr. Rafael Nagi Cruz Gerges, diretor técnico do LAEPI e secretário do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual falou sobre Protetores Auditivos: atenuação real e efeitos extra auditivos.
Ele comentou sobre estudos realizados com diferentes aparelhos auditivos e os impactos que eles têm ao serem usados de maneira errônea ou até mesmo em locais diferentes.
Falou sobre a importância de se explicar a forma correta de utilização e os riscos que o trabalhador tem diminuído de sofrer maiores consequências ao longo da vida no caso do mau uso. “No chão de fábrica, às vezes, tem trabalhador usando vários EPI’s que podem diminuir a eficácia do protetor de ruídos, por exemplo.
A desembargadora questionou se além dos níveis excessivos de ruídos, outras condições podem também afetar a audição. Rafael explicou que houve registro de trabalhador que não havia sido exposto a ruído, mas a vibração, e a mesma afetou a sua audição. “É verdade que trabalhadores com níveis excessivos de ruídos podem trazer outras consistências de ruídos ou outras condições as quais estão sujeitos. Outras condições além do som podem levar também à perda auditiva, como vibração, entre outros. Mas um cuidado maior já na educação básica pode ajudar os pequenos cidadãos que busquem a prevenção efetiva.”
Sobre o Congresso
Foz do Iguaçu será palco do maior congresso brasileiro da magistratura do trabalho.
Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, o Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu/PR, será palco da segunda edição do Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho. Esse evento de grande relevância reunirá ministros de Estado, do STF, do STJ e do TST, além de desembargadores, juízes, juristas renomados, advogados, representantes de entidades sindicais de trabalhadores e empresários, com o objetivo de aprofundar o debate sobre modelos regulatórios, progresso tecnológico e os impactos socioeconômicos, jurídicos e institucionais nas relações de produção.
O congresso contará com 25 painéis que discutirão temas fundamentais relacionados às relações de trabalho. Ao longo de três dias, mais de 100 palestrantes contribuirão para os debates. Entre os destacados participantes, o Ministro Luis Felipe Salomão do Superior Tribunal de Justiça e Corregedor Nacional de Justiça e vários ministros do Tribunal Superior do Trabalho, entre outros renomados juristas, professores, advogados e dirigentes de entidades públicas e privadas, tornando este congresso o maior evento da Justiça Social do Brasil.
As profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de organização da produção, têm desafiado o sistema clássico de regulação das relações entre capital e trabalho. Existe um consenso significativo quanto à necessidade de modernizar e adaptar esse sistema aos tempos atuais.
O diálogo direto entre os atores sociais tem sido apontado como a melhor maneira de alcançar o equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, alinhado com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesse contexto, a regulação jurídica laboral está evoluindo para um modelo mais flexível, moldado pelos atores sociais com base em parâmetros de produtividade e competitividade.
A proteção social dos trabalhadores está intrinsecamente ligada à proteção da atividade econômica e isso tem sido reafirmado pelo legislador ordinário em revisões recentes, como a Lei de Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial e a Lei que consagra a Declaração de Direitos da Liberdade Econômica. Essas duas leis destacam a importância da atividade econômica, a ser desenvolvida com função social, para o progresso nacional, inclusão social, geração de empregos, distribuição e ampliação de renda e incremento da arrecadação tributária.
A nova Lei das Sociedades Anônimas de Futebol, que atrai investimentos para o setor esportivo, também será discutida, assim como os desafios trabalhistas relacionados a privatizações e concessões de atividades anteriormente exploradas pelo Poder Público.
Nesse cenário complexo surge o questionamento sobre o papel da Justiça do Trabalho na compreensão dos novos marcos legais e das novas realidades geradas pelo progresso tecnológico e pelas novas formas de organização produtiva.
O II Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) e pela Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho (ABMT), com o apoio acadêmico e patrocínio da Universidade Nove de Julho (Uninove) e de diversas instituições públicas e privadas, incluindo a Academia Nacional de Direito Desportivo (ANDD) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Além dos debates, a programação inclui o lançamento do livro "A Jurisdição Social no Brasil e o Futuro do Trabalho", que reúne artigos produzidos por palestrantes e mediadores do I Congresso Nacional da Magistratura do Trabalho, realizado em 2022.
Quando será?
Dias 29,30 de novembro e 1 dezembro de 2023 (quarta, quinta e sexta-feira).
Onde será?
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort - Foz do Iguaçu/PR
Temas atuais e relevantes
Modelos regulatórios, Progresso Tecnológico, os Impactos Socioeconômicos, Jurídicos e Institucionais no Universo das Relações de Produção
Certificado OnLine 20h
Modalidade Presencial ou Telepresencial
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
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