SE JUNTOS SOMOS FORTES, UNIDOS SOMOS QUASE INDESTRUTÍVEIS, DIZ GERENTE EXECUTIVO DO CFQ

CONGRESSO NACIONAL DE GOVERNANÇA DOS CONSELHOS DE CLASSE 10/10/2025
por Mauro Camargo (jornalista)
SE JUNTOS SOMOS FORTES, UNIDOS SOMOS QUASE INDESTRUTÍVEIS, DIZ GERENTE EXECUTIVO DO CFQ
Resumo

GESTÃO ESTRATÉGICA

Se juntos somos fortes, unidos somos quase indestrutíveis, diz gerente executivo do CFQ

Weverton de Sousa defende que a cooperação com o CNJ e a troca de boas práticas entre os conselhos, como o benchmark com a Contabilidade, são o caminho para a modernização.

Mauro Camargo

Diante do desafio de modernizar a gestão e tornar a cobrança de créditos mais eficiente, a união e a troca de experiências entre os conselhos profissionais são tão importantes quanto a cooperação com o Judiciário. A defesa de uma frente unificada foi o ponto central da fala do Dr. Weverton de Sousa, gerente executivo do Conselho Federal de Química (CFQ), durante sua participação no painel sobre cooperação técnica com o CNJ, nesta sexta-feira, 10, no Congresso Nacional de Governança dos Conselhos Profissionais, em Brasília. “Se juntos somos fortes, unidos somos quase indestrutíveis”, declarou, ao defender que a busca por boas práticas e o diálogo entre as instituições são o caminho para fortalecer a administração pública.

Weverton de Sousa, que é empregado de carreira do CFQ, compartilhou a experiência do Sistema Química ao analisar a adesão ao acordo de cooperação proposto pelo CNJ. Antes de tomar uma decisão, o conselho buscou entender a fundo o problema do assoberbamento do Judiciário e, principalmente, como outros conselhos estavam lidando com a gestão de seus créditos. A inspiração veio de uma área inesperada: a contabilidade.

“Adivinhem, nós estamos utilizando como referência o manual de cobrança do Conselho Federal de Contabilidade. Perfeito o manual de cobrança, nada melhor do que um contador para fazer provisionamento de liquidação duvidosa”, revelou. A decisão de fazer um benchmark com o CFC, segundo ele, foi estratégica, pois o conselho de contabilidade era, ao lado do de representantes comerciais, um dos que mais possuíam ações de execução na Justiça Federal.

Para o gerente executivo do CFQ, essa troca de informações é fundamental, pois os conselhos profissionais enfrentam uma realidade muito diferente de outros órgãos da administração pública. Enquanto o governo federal possui sistemas centralizados de gestão, como o SIAPE, os conselhos carecem de ferramentas padronizadas para subsidiar a tomada de decisão de seus presidentes e gestores. “Dentro do meu sistema, eu não tenho essas ferramentas. Por causa disso, a gente vem buscando informações, e nada melhor do que a modernização da gestão pública por meio da cooperação”, afirmou.

O Sistema CFQ, que congrega 216 mil profissionais e 49 mil empresas, possui uma carteira de recebíveis que ultrapassa os R$ 100 milhões. O grande dilema, segundo Weverton, é conseguir segregar esses valores e identificar o que é, de fato, recuperável, um trabalho complexo que exige um esforço de gestão e análise.

Ele destacou que a Resolução 547 do CNJ, que estabeleceu o parâmetro de R$ 10 mil para a extinção de execuções, é um reflexo da importância do diálogo e da força que as instituições têm quando atuam juntas. No entanto, o desafio para os conselhos continua sendo o de equilibrar a necessidade de receita, que “operacionaliza a máquina”, com a busca por soluções extrajudiciais. “Causa estranheza não judicializar uma inadimplência que, por vezes, a gente não consegue esgotar por meio de medidas extrajudiciais. Como sopesar isso, sendo que não tínhamos as garantias necessárias para percorrer todo esse trâmite?”, questionou.

Ao final, Weverton de Sousa reforçou que o Conselho Federal de Química, assim como outros conselhos, está engajado em não apenas dialogar, mas em tomar ações concretas para fortalecer a gestão e, consequentemente, prestar um serviço melhor à sociedade. A busca por modelos de sucesso, como o do Conselho de Contabilidade, e a parceria com o Judiciário são, para ele, provas de que a união entre os diferentes atores do sistema é o caminho mais eficaz para superar os desafios e construir uma administração pública mais forte e eficiente.

 

 

PAINEL 4 - COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE O CNJ, CONSELHOS DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS E OS TRIBUNAIS

Presidente de mesa: Dra. Gerlane Alves, Jornalista                     

Expositores: Dra. Silvia Tavares de Oliveira, Presidente do CFFA; Dr. Thiago Lobo - Conselheiro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo; Dr. Weverton Borges do Nascimento de Sousa - MD Gerente Executivo do Conselho Federal de Química.

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