20 ANOS DO CÓDIGO CIVIL: Avanços e Novos Desafios
Foi pensado para ser um espaço de apresentação de soluções...
O juiz titula da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Daniel Carnio, considera que a reforma do Código Civil, que vem sendo debatida pela Comissão de Juristas indicada pelo Senado Federal, terá como missão desburocratizar a legislação brasileira, no que diz respeito ao Direito Empresarial, tornando-a mais favorável ao empreendedorismo, ao desenvolvimento da atividade empresarial e à geração de riqueza.
Carnio participa das discussões e estará na condição de palestrante participando do Congresso “Reforma do Código Civil – Perspectiva e Transformação”. O evento ocorre nesta segunda-feira (11), em Aracaju (SE). A Comissão, presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, está percorrendo os estados brasileiros a fim de ouvir a população sobre as atualizações que consideram necessárias ao conjunto de normas. A iniciativa visa fazer com que a reforma consiga ser o mais abrangente possível.
"Acho que é muito importante que a Comissão, juntamente com os diversos segmentos da sociedade, realize e promova eventos como esse em Aracaju, assim como o que já foi promovido em São Paulo e os que estão sendo promovidos em outros lugares. Isso legitima o processo. O Código Civil é o código das nossas vidas, que rege a vida do cidadão comum. Portanto, temos que dar a oportunidade para que todos possam contribuir. Temos que ouvir todos os segmentos para legitimar esse processo”, observou Carnio.
O magistrado ainda é secretário-geral do Fórum Nacional de Recuperações Empresariais e Falências (FONAREF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em Aracaju, ele fará uma exposição sobre a função social da empresa, em um debate no qual estará acompanhado pela professora Angelica Carlini. Ela abordará as novas formas de contrato existentes com o avanço tecnológico e que não estão contemplados pelo Código Civil.
O Congresso é uma realização da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP), com coordenação científica dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luis Felipe Salomão e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Douglas Alencar Rodrigues, além dos professores Flávio Tartuce e Lauro Seixas.
“O projeto do Código Civil, de fato, merece uma revisão. Primeiro, porque ele já nasceu velho, como se diz. Teve um longo tempo de tramitação legislativa, o que por si só já impunha a necessidade de modificação. Mas, muito mais do que isso, nos últimos 20 anos, a sociedade mudou muito e com muita velocidade. A sociedade de 2023 é muito diferente da sociedade em 2002, e ainda mais da sociedade na década de 70, que, na verdade, acaba sendo refletida pelo Código Civil. A proposta, contudo, não é alterar radicalmente o Código Civil, mas sim modernizá-lo, atualizá-lo, trazendo para o Código Civil os avanços da nossa sociedade nesse tempo, nos últimos 40 anos”, ponderou Carnio.
No diálogo para a reformulação do Código Civil, Carnio considera que é possível incorporar ao texto as interpretações jurisprudenciais já consolidadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. As cortes superiores foram atualizando entendimentos legais em razão da demanda social existente.
“Isso traz aos valores atuais mais segurança jurídica, mais perenidade às mudanças. Então, vamos sim tentar trazer para o Código Civil esses entendimentos jurisprudenciais já consolidados, principalmente na parte do Direito Empresarial. A ideia é também atualizar e desburocratizar, tornando a legislação brasileira mais favorável ao empreendedorismo, ao desenvolvimento da atividade empresarial e à geração de riqueza”, salientou.
Sobre o Congresso
Sob a coordenação científica dos Ministros Luís Felipe Salomão e Douglas Alencar Rodrigues, do Professor Flávio Tartuce e do Professor Lauro Seixas, a Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) realiza o congresso A REFORMA DO CÓDIGO CIVIL - PERSPECTIVA E TRANSFORMAÇÃO, Contando com a participação de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), além de renomados juristas com atuação nas diferentes áreas do Direito Civil, o Congresso objetiva debater a reforma do código civil.
Com sua permanente pretensão de cientificidade, o Direito representa uma das mais sofisticadas técnicas de controle social. A partir de suas normas, que consagram obrigações, permissões e vedações, são revelados os valores que a sociedade, por seus representantes, entende devam ser prestigiados em determinado momento de sua história. Mas a relação entre as normas jurídicas e a realidade social se desenvolve em permanente tensão, pois as transformações sociais acontecem em velocidade exponencialmente superior à capacidade de resposta dos legisladores. Por isso, buscando satisfazer às suas novas aspirações por liberdade e igualdade, em diferentes campos da experiencia social, a cidadania bate às portas do Poder Judiciário, alcançando respostas não raras vezes contraditórias e em tempo diferido, o que apenas agrava o quadro de insegurança social e jurídica. Apesar dos avanços alcançados com a participação do Poder Judiciário, no entanto, é inegável a centralidade do Poder Legislativo para a disciplina dessas novas demandas e realidades sociais. Com elevado grau de legitimidade democrática, ao Congresso Nacional compete, segundo o desenho constitucional de 1988, enunciar as normas que integram o direito civil brasileiro, tratando de forma isonômica todos os cidadãos. No exercício dessa alta competência democrática, por ato do Senador Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, constituiu-se Comissão de Juristas encarregados de propor a atualização do Código Civil de 2002. Sob a presidência do Ministro Luís Felipe Salomão, os trabalhos da referida comissão já estão em curso, sendo oportuno, por isso, ampliar os debates com a audiência de juristas de diferentes regiões do país. Nada mais oportuno do que a realização de eventos jurídicos em diferentes estados, permitindo a participação de diferentes atores interessados nas diversas áreas contempladas pela legislação civil.
Quando será?
Dia 11 de dezembro de 2023 (segunda-feira)
Público-Alvo
Magistrados;Comunidade acadêmica das áreas de direito;Lideranças do setor governamental e poder judiciário;Lideranças do setor empresarial; Liderança dos Trabalhadores; Sociedade civil;Imprensa; Parceiros da Academia.
Onde será?
Auditório Terreo do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe
Temas atuais e relevantes
A natureza científica do Direito como técnica de controle social; a representação de valores sociais por meio das normas jurídicas; a tensão entre as normas jurídicas e a rápida transformação da realidade social; a busca da cidadania por respostas no Poder Judiciário devido às mudanças e novas aspirações; a importância de ampliar debates e consultar juristas de diferentes regiões.
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